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terça-feira

Rebeldes tomam quartel e pedem renúncia do presidente no Peru
Lima - O major da reserva peruano Antauro Humala e 350 reservistas armados que pediam a renuncia do presidente Alejandro Toledo se comprometeram domingo (2) a entregar as armas sob a presença de um mediador da Igreja Católica, após um ataque que deixou cinco mortos e muitos feridos na cidade andina de Andahuaylas. O grupo de militares surpreendeu o governo de Toledo na madrugada do primeiro dia do ano de 2005.
Humala, que também pediu a demissão dos chefes militares, lamentou a morte de cinco policiais, que tentaram avançar sobre quartel da polícia que o militar insurgente mantém sob controle. O grupo nacionalista de Humala tornou-se conhecido em 2000, quando, então liderado por Ollanta Humala, irmão de Antauro, se mobilizou contra o presidente Alberto Fujimori, durante o escândalo de corrupção gerado por seu chefe de segurança Vladimiro Montesinos.
Toledo, após visitar militares feridos no Hospital Policial, disse que seu governo será rígido para punir os responsáveis pela morte dos agentes de segurança em Andahuaylas, que fica no departamento (estado) andino de Apurímac. O presidente peruano teve de suspender seu descanso de fim de ano em uma praia no extremo norte do país e convocou uma reunião de urgência do Conselho de Ministros. Fontes governamentais informaram que nessa reunião de ministros, no Palácio de Governo de Lima, discutiram-se as medidas legais para dominar e punir os insurgentes. Enquanto isso, foi informado que pelo menos 250 militares da Divisão de Forças Especiais do Exército foram mobilizados seguiram para Andahuaylas, somando-se aos destacamentos de policiais antimotins. "A ordem e a autoridade serão restabelecidas", declarou um funcionário do Palácio de Governo, que pediu para não ser identificado e garantiu que as ordens foram dadas pelo presidente do Conselho de Ministros, Carlos Ferrero.
Ferrero não informou como serão as ações para dominar os rebeldes, que afirmam ter sob controle dezenas de policiais do quartel. Ele declarou que Humala e seu movimento estão ligados ao narcotráfico e que sempre foram violentos. O líder insurgente, em entrevista a jornalistas, desmentiu a versão. A ação ocorreu num momento delicado para Toledo, em que seu governo está envolvido nas negociações do Tratado de Livre-Comércio (TLC) Andino, ao lado de EUA, Equador e Colômbia. Grande parte dos movimentos sociais e indígenas do país, além de setores nacionalistas do país, são contra o acordo.
*. Com informações da agência Ansa e do jornal La Jornada

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