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terça-feira


Democracia é bomba

Erick da Silva*

Logo após ter sido oficializada a sua vitória na disputa presidencial, George W. Bush em sua primeira entrevista coletiva, afirmou que o resultado das eleições confirmavam o acerto de sua política. O quê para o resto do mundo poderia parecer uma piada, infelizmente não era. Bush afirmava estar respaldado a ir além pelo resultado obtido nas urnas. No entanto, o pior não foi isso.
Nesta mesma coletiva, Bush afirma que se orgulhava de estar promovendo a democracia ao redor do mundo, em especial no Oriente Médio. Esta afirmação nos leva a compreender que para George W. Bush, promover a democracia é sinônimo de bombas. É sinônimo de unilateralismo na política internacional. É não reconhecer a ONU em quanto espaço regulador da política internacional e nem a soberania nacional dos demais países. É praticar verdadeiras barbáries e dizer que promove a democracia.
Para piorar, o Presidente reeleito dos Estados Unidos já prepara uma mega-operação militar no Iraque, ainda mais violenta, neste final de 2004. Não restando dúvidas de que no segundo mandato de Bush não deverá ocorrer alteração em sua política geral. Para a perplexidade de todos aqueles que acreditam que um mundo sem guerras e com igualdade social é possível e necessário.
O absurdo e o erro da política implementada por Bush é evidente. Os conflitos armados e a intolerância (em suas mais diferentes formas) não diminuiu no mundo, pelo contrário. A política norte-americana "pós-11 de setembro", apenas tem contribuído para o aumento em larga escala da violência. Uma situação de relativa paz global permanece sendo cada vez mais distante. A política externa ultraconservadora dos EUA ganha uma perigosa sobrevida com o resultado das eleições presidenciais norte-americanas.
A "guerra sem fim" de Bush deve ser imediatamente interrompida. É cada vez mais necessário que todas e todos que se opõem a esta política de guerra que tomem as ruas, mostrando a sua contrariedade. Democracia e paz não combina com bombas de guerra.


Erick da Silva é acadêmico de história

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